segunda-feira, 25 de outubro de 2010

ÉTICA RELATIVA E ABSOLUTA


ÉTICA RELATIVA E ABSOLUTA

Comportamento ético relativo baseia-se na premissa de que as normas de conduta dependem da situação. Seu enfoque é o estado atual do mundo observa o que existe e constrói a teoria explicativa. A norma ética é puramente convencional, mutável, subjetiva. Logo existem várias normas aplicáveis para uma mesma situação. Não existem valores universais, objetivos, mas estes são convencionais, condicionados ao tempo e ao espaço. Não existem valores a priori: eles são criados conforme seja necessário ou oportuno.

Comportamento ético absoluto baseia-se na premissa de que as normas de conduta são válidas em todas as situações. Seu enfoque para explicar o mundo é a razão constrói a teoria explicativa e vai ao mundo para ver sua adequação. Inato que indica racionalmente o que é bom e o que é mau, o que tem valor. Na norma ética temporal e absoluta, ubíqua existem valores éticos que podem ser conhecidos e ensinados a priori.

A Ética provém da observância da moral. A norma ética estabelece condutas à moralidade. Para a efetiva credibilidade da norma ética, faz-se mister o entendimento: é a moral absoluta (objetiva) ou relativa (subjetiva)? Como nas ciências filosóficas, humanas e sociais, tudo é relativo, há, pelo menos, duas correntes de pensamento. Para a posição absoluta e apriorista, “os valores não se criam nem se transformam; se descobrem ou se ignoram”.

Ética dá então, condições ao Homem para se afinar com esses valores, descobrindo-os, ele não os cria. Seria moral aquilo que dá ao Homem a sensação de sentir-se bem após determinada ação. Como se ele tivesse uma bússola natural que o guiasse ao discernimento entre o certo e o errado. Já a teoria relativista e empirista remete à tese subjetivista, postulando que a criação de valores acontece por vontade dos Homens. As normas são convencionais estipuladas e mutáveis, existindo várias normas, ao longo do tempo.

Absolutista/ apriorista validez atemporal e absoluta, conhecimento da norma “a priori” Bússola natural (certo/errado) predisposição

Relativista/ empirista norma com vigência convencional e mutável, caráter empírico (observação) várias morais subjetivismo

As concepções históricas e as transformações internas ao conhecimento mostram que as várias concepções da verdade não são arbitrárias nem casuais ou acidentais, mas possuem causas e motivos que as explicam, e que a cada formação social e a cada mudança interna do conhecimento surge a exigência de reformular a concepção da verdade para que o saber possa realizar-se.
As verdades os conteúdos conhecidos mudam, a idéia da verdade a forma de conhecer muda, mas não muda a busca do verdadeiro, isto é, permanece a exigência de vencer o senso-comum, o dogmatismo, a atitude natural e seus preconceitos. É a procura da verdade e o desejo de estar no verdadeiro que permanecem. A verdade se conserva, portanto, como o valor mais alto a que aspira ao pensamento.

As exigências fundamentais da verdade se examinar as diferentes concepções da verdade, notaremos que algumas exigências fundamentais são conservadas em todas elas e constituem o campo da busca do verdadeiro, compreender as causas da diferença entre o parecer e o ser das coisas ou dos erros; compreender as causas da existência e das formas de existência dos seres; compreender os princípios necessários e universais do conhecimento racional; compreender as causas e os princípios da transformação dos próprios conhecimentos; separar preconceitos e hábitos do senso comum e a atitude crítica do conhecimento; explicitar com todos os detalhes os procedimentos empregados para o conhecimento e os critérios de sua realização, liberdade de pensamento para investigar o sentido ou a significação da realidade que nos circunda e da qual fazemos parte.

Para Kant, os juízos analíticos são as verdades de razão de Leibniz, mas os juízos sintéticos teriam que ser considerados verdades de fato.

No entanto, vimos que os fatos estão sob a suspeita de Hume, isto é, fatos seriam hábitos associativos e repetitivos de nossa mente, baseados na experiência sensível e, portanto, um juízo sintético jamais poderia pretender ser verdadeiro de modo universal e necessário.

O que faz Kant é Introduzir a idéia de juízos sintéticos a priori, isto é, de juízos sintéticos cuja síntese depende da estrutura universal e necessária de nossa razão e não da variabilidade individual de nossas experiências. Os juízos sintéticos a priori exprimem o modo como necessariamente nosso pensamento relaciona e conhece a realidade.

A causalidade, por exemplo, é uma síntese a priori que nosso entendimento formula para as ligações universais e necessárias entre causas e efeitos, independentemente de hábitos psíquicos associativos.

Todavia, vimos também que Kant afirma que a realidade que conhecemos filosoficamente e cientificamente não é a realidade em si das coisas, mas a realidade tal como é estruturada por nossa razão, tal como é organizada, explicada e interpretada pelas estruturas a priori do sujeito do conhecimento. A realidade são nossas idéias verdadeiras e o kantismo é um idealismo.
Filosofia contemporânea, que o filósofo Husserl criou uma filosofia chamada fenomenologia. Essa palavra vem diretamente da filosofia kantiana.
Com efeito, Kant usa duas palavras gregas para referir-se à realidade: a palavra noumenon, que significa a realidade em si, racional em si, inteligível em si; e a palavra phainomenon (fenômeno), que significa a realidade tal como se mostra ou se manifesta para nossa razão ou para nossa consciência.
Kant afirma que só podemos conhecer o fenômeno que se apresenta para a consciência, de acordo com a estrutura a priori da própria consciência e que não podemos conhecer o a coisa em si.

Fenomenologia significa: conhecimento daquilo que se manifesta para nossa consciência, daquilo que está presente para a consciência ou para a razão, daquilo que é organizado e explicado a partir da própria estrutura da consciência. A verdade se refere aos fenômenos e os fenômenos são o que a consciência conhece.


CONCLUSÃO

A ética absoluta e relativa parte de princípios diferentes e que seus enfoques, na ética relativa sua conduta depende da situação, na ética absoluta sua conduta parte de qual situação.

Conclui-se que em se tratando de diferenças entre a relativa e a absoluta elas buscam o entendimento da verdade perfeita e seus valores, para ser aplicado em cada mudança interna do conhecimento para reformular a concepção da verdade. A procura da verdade e o desejo de estar no verdadeiro que permanece, a verdade se conservam, portanto, como o valor mais alto a que aspira ao pensamento.

Referencias Bibliográficas:

Bittar, Eduardo C. B. curso de ética jurídica: ética geral e profissional / Eduardo C. B. Bittar. – 5. Ed. rev. – São Paulo: saraiva 2007.

Nalini, Renato Jose. Ética geral e profissional / 6º. Edição atualizada e ampliada Ed. revista dos tribunais – 2009.

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